Não suporto a ideia de ter de ficar sem ti, não imaginas o quanto dói a tua ausência.
Luto todas as noites contra mim mesmo e até contra a própria noite onde me perco na imensidão da cama, que outrora foi a nossa cama tão pequena para nós dois para tanta loucura e que, agora é grande de mais para mim.
Minhas mãos percorrem meu corpo lentamente procurando vestígios do teu corpo porém, em vão, levaste tudo assim que partiste, tudo.
Olho-me ao espelho e tento encontrar em mim a felicidade que um dia reinou aqui, neste espaço, neste saco de ossos e carne, sim, não passo disso, de um saco de ossos e carne, pronto para alimentar um matilha ou alcateia, tão faz, esfomeadas na ânsia de se alimentarem, tal como eu e tu que alimentamos um dia, este amor, tão esfomeado do desejo da fusão de dois corpos imperfeitos de onde resultava apenas a perfeição de um, um corpo, que hoje já não existe.
Tu partiste e nada deixaste, até o amor levaste contigo !
FábioPinto
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