Quem sou eu, quando realmente não sei quem sou? O que sou se não sei o que sou?
Posso ser tudo agora como, no instante a seguir poderei não ser nada.
Azul como o céu, vermelho como o sangue e verde como a natureza...
Serei apenas um corpo?
Um saco de ossos, músculos e carne?
Turbilhão de emoções, que disparam para todo o lado a qualquer hora, atingindo tudo e todos?
Raio de sol ou luar? Sol ou lua?
Que raios sou eu?
Luz ou sombra?
Preto ou branco?
Ou serei de todas as cores?
Anjo ou demónio?
O que sou eu?
Amor ou Ódio?
Fogo ou gelo?
Calor ou frio?
Sou certeza ou dúvida?
Deserto ou cidade?
Não sei quem sou ou o que sou.
Vida ou morte? Dois extremos que de extremos nada tem. Posso ser tudo, tudo ou nada.
(...)
Sou vida que em ti morre a quando por ti me apaixonei, a teu lado sou tudo e nada. Sou cidade deserta em que o único habitante és tu, tu que roubaste o meu coração. Sou a tua dúvida na certeza, o fogo que te derrete o gelo, o calor que te aqueçe o frio que te enlouquece, sou ódio quando não estás e me deixas logo pela manhã, quando sais amor.
Sou o anjo que desencadeia o demónio que em ti dorme nas nossas noites selvagens de amor em que partilhamos nossos corpos, aqueles sacos de ossos, músculos e carne, carregados de turbilhões de emoções, sou o preto da caneta que escreve em ti, páginas brancas do livro da nossa história e vice-versa, mas quando partilhamos os lençóis somos de todas as cores.
Sou a luz que te ilumina na escuridão quando eu mesmo te arrasto para lá. Sou o teu raio de sol e luar que te faz pestanejar todas as manhãs com o toque suave dos lábios sobre teus olhos ainda fechados e tão delicados. Sou eu o teu sol, minha lua.
E não, não somos apenas corpos, somos muito mais que isso.
Sou o vermelho do sangue que te corre nas veias, o azul do teu céu e o verde da tua natureza.
Sou o bater do teu coração e tu do meu.
Vês, posso ser tudo agora como no instante a seguir poderei não ser nada...
...por isso meu amor, vamos ser só o agora!
FábioPinto
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