domingo, 18 de outubro de 2015

Até já...

Há dores que ficam para sempre, que nos acompanham diariamente, que nos torturam, e não esmorecem.

Dói tanto, quando alguém parte, e nós ficamos por cá, sem saber como será o dia de amanhã, sem saber como será sem ver esse alguém que partiu, alguém que víamos diariamente e de repente, não vemos mais. 

O tempo, pode andar, correr ou até mesmo voar, e por mais que nos digam que a dor irá desaparecer, não desaparece mantêm-se, e é de tal forma violenta que tal como uma planta cria raízes no solo para sobreviver, essa dor cria raízes em nós e sobrevive.

Dói quando um filho perde um dos pais, mas dói mais ainda quando os pais perdem um filho, e não imagino e acredito que não haja dor maior que essa.

Nada para além da morte é garantido, por vezes ela vem e " ataca " e de um momento para o outro, deixamos de existir e ai até mesmo a morte deixa de ser garantida, porque se encarregou de garantir o garantido.

Dizem que a vida são dois dias e que um desses dias já passou, e o outro está a passar.
Não sei, mas houve alturas em que duvidei, e até achei cliché, mas hoje posso dizer,  que o maior de todos os clichés, é num dia estarmos por cá, e no dia seguinte, já não.

Tinhas tanto ainda para viver, e viveste o mais que pudeste, e sei, sei que foste feliz enquanto viveste.

Agora só me resta dizer, que não é um adeus, mas um até já.
 

Descansa em paz Diogo Andrade.


( Não éramos amigos chegados, mas ainda convivemos um bom bocado)




FábioPinto



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