Fomos proibidos esta noite.
No Paraíso, no Inferno, fomos proibidos.
Havia um sinal de sentido em frente aos meus olhos e, mesmo assim, quis os teus braços, em mim, a tua boca colada à minha como íman, que cola e descola, tua pele junto à minha, teu perfume cravado em mim, teu cabelo solto a vaguear sobre meu corpo e nesse vaguear o prazer causado por ti ao sentir-te junto a mim.
Senti o gelo que havia em mim derreter com o fogo que havia em ti.
Arrastaste-me para a escuridão e nela me prendeste, mantiveste-me refém, e viciaste-me em ti, mesmo estando certa da incerteza que seriamos proibidos nesta noite.
Saciamos a fome que nos devorava.
Atiçamos o desejo…,
…e deixámos que ele nos consumisse noite a dentro, deixámos que nossas almas se tocassem, que nossos corpos se fundissem e, fomos apenas eu e tu.
Dois corpos imperfeitos que resultaram na perfeição de um só corpo nessa noite em que infringimos a própria lei.
FábioPinto
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