domingo, 26 de junho de 2016

Nesta noite!

Fomos proibidos esta noite.
No Paraíso, no Inferno, fomos proibidos.

Havia um sinal de sentido em frente aos meus olhos e, mesmo assim, quis os teus braços, em mim, a tua boca colada à minha como íman, que cola e descola, tua pele junto à minha, teu perfume cravado em mim, teu cabelo solto a vaguear sobre meu corpo e nesse vaguear o prazer causado por ti ao sentir-te junto a mim.

Senti o gelo que havia em mim derreter com o fogo que havia em ti.

Arrastaste-me para a escuridão e nela me prendeste, mantiveste-me refém, e viciaste-me em ti, mesmo estando certa da incerteza que seriamos proibidos nesta noite.

Saciamos a fome que nos devorava.

Atiçamos o desejo…,
…e deixámos que ele nos consumisse noite a dentro, deixámos que nossas almas se tocassem, que nossos corpos se fundissem e, fomos apenas eu e tu.



Dois corpos imperfeitos que resultaram na perfeição de um só corpo nessa noite em que infringimos a própria lei.

FábioPinto

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