terça-feira, 5 de julho de 2016

Não te pertenço!

Cai a noite e com ela vem a ausência, dos teus lábios, de ti.
Essa ausência que me assombra.

Sinto-me derrotado, um falhado, que tenta escalar por entre as cinzas deste amor, também ele me assombra e atormenta tal e qual quando somos pequenos e julgamos que temos um monstro debaixo da cama e ficamos aterrorizados, não conseguimos pregar olho por uns instantes, assim estou eu.

Tenho apenas uma certeza, certeza de que o mundo se move, a lua e o sol se movem, e nada mais.
Não há mais certezas, porque nelas residem as duvidas que me assoberbam.



Sei que não sou nada, e que não te pertenço, não me pertences.

Não há cor aqui, não mais, desde aquele dia, o dia em que saíste e ficou tudo cinzento, não existe nada aqui, nunca existiu…,

…,estou às escuras sem ti, tal como estive sempre, com receio que este dia chegasse, o dia do adeus, o adeus final, e chegou esse dia, chegou esse adeus e agora sei, sei que não te pertenço, que não me pertenço.

FábioPinto

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