quinta-feira, 21 de julho de 2016

Devaneio do pensamento!

Sem depois nem antes, senti-me vivo apenas por meros instantes.
Sei que nada existe, absolutamente nada, par'alem deste vazio.

Sinto-me oco, só e abandonado como nunca antes estive, como nunca ninguém esteve.

Há dias em que nada sinto, em nada creio sabendo só que a morte é certa e estarei prestes a acabar.

Não quero sonhar, ter sem nunca ter tido; não quero pensar, sei o que dói o que irei e poderei concluir desses meus pensamentos; nao quero viver, assim não. Caminhar neste trajecto que me foi desenhado, que me foi destinado, que por mim não foi desejado.



Não vou aceitar de novo a ilusão da qual sou personagem principal, essa dúvida que me deixa a certeza de que, eu não sou eu e, que o que existiu afinal não existiu. 
Não quero mais! 
Porque de tudo que possa existir, a morte é a única certeza, a única que sei que é certa e não falha e aí, quando estiver prestes a acabar sei que irei começar!  

FábioPinto 

terça-feira, 5 de julho de 2016

Não te pertenço!

Cai a noite e com ela vem a ausência, dos teus lábios, de ti.
Essa ausência que me assombra.

Sinto-me derrotado, um falhado, que tenta escalar por entre as cinzas deste amor, também ele me assombra e atormenta tal e qual quando somos pequenos e julgamos que temos um monstro debaixo da cama e ficamos aterrorizados, não conseguimos pregar olho por uns instantes, assim estou eu.

Tenho apenas uma certeza, certeza de que o mundo se move, a lua e o sol se movem, e nada mais.
Não há mais certezas, porque nelas residem as duvidas que me assoberbam.



Sei que não sou nada, e que não te pertenço, não me pertences.

Não há cor aqui, não mais, desde aquele dia, o dia em que saíste e ficou tudo cinzento, não existe nada aqui, nunca existiu…,

…,estou às escuras sem ti, tal como estive sempre, com receio que este dia chegasse, o dia do adeus, o adeus final, e chegou esse dia, chegou esse adeus e agora sei, sei que não te pertenço, que não me pertenço.

FábioPinto