domingo, 17 de abril de 2016

Continuo a lutar e não sei o porque!



Acreditando ou não, se me puxasses eu ia, se foi trágico o nosso amor, tu eras o meu remédio, se foi insano, tu eras a minha claridade, e sim desejei que não fosses parte de mim, mas foste, e se eu continuo a lutar?
Não, ou talvez sim, não sei, e nem sei o porque, de agora estar assim, a divagar feito louco.
Raios, estarei eu a ficar louco?
Porque pensar em ti agora?
Ao fim de tanto tempo?
Porquê agora?
Salvaste a minha alma de ficar na escuridão e mesmo assim arrastaste-a novamente para lá.
Eu, eu estava disposto a dar-te as estrelas, a lua, o sol, o vento e a chuva, pois todos eles eram testemunhas do meu amor.
Poderíamos ter governado o mundo se tivesses ficado a meu lado.
Tentei dizer-te tudo, mas tudo ficou por dizer, pedi, implorei, para que conseguisse dizer-te todas as palavras, mas não saiu nada foi em vão  e eu estava a desistir, de mim, de ti, de nós, as palavras insistiam em não sair, era difícil de mais falar, não havia escolha, não conseguias ouvir a minha voz, por mais alto que gritasse não ouvias, mas eu estava sempre a teu lado, e apesar de termos fugido das nossas vidas eu compreendi.
Dói, dói a cada dia que passou e passa, saber que estiveste e agora não estás, que és, que somos apenas memórias, presas no subconsciente e que em momentos de fraqueza e  fragilidade decidem pregar uma partida, e " aparecerem "  como quando alguém liga o interruptor da luz e ela acende logo.
Tentei fazer  com que visses, tentei fazer com que o teu brilho fosse mais intenso do que o próprio brilho de uma estrela cadente.
Foste fogo, foste gelo.
Desejei arder contigo no inferno se assim tivesse de ser.
Foste perfume em minha pele, sangue que em minhas veias correu, ar que respirei, foste o meu mundo.
Teu sorriso era mais que suficiente para mim, para me "alimentar".
Teu olhar era petrificante, paralisando qualquer um que para ti olhasse, pois eu fui um dos sortudos.
Ainda hoje me pergunto se isto é real, ou apenas uma fantasia?
Abro os olhos e vejo que é realidade e não há como escapar dela, por mais dura e cruel que seja, não há saída possível por mais que eu tente me afogar na ilusão a realidade resgata-me antes de meu último suspiro. 
Fui tolo ao pensar que poderia tocar o céu, em vez de enfrentar a verdade de uma vez por todas, e ver que acabou, o meu tempo chegou ao fim, já não sou quem fui, já não somos o que fomos.
Tenho de te deixar ir, arrepio-me só de pensar que não te irei ver mais,  mas é mesmo assim, hoje enfrento a realidade para não me perder por completo na ilusão.
És quem eu amo, mas tenho de dizer adeus.
Dói-me a alma, mas promete-me, promete-me apenas e nada mais me interessa, promete-me que te irás recordar, que por ti eu morreria de todas as formas possíveis e mesmo assim voltaria sempre a viver.





FábioPinto

Sem comentários:

Enviar um comentário