Hoje, mais uma vez senti saudade de ti, mas principalmente de mim.
Apeteceu-me fazer a mala, arrumar meia dúzia de trapos, e ir, fugir daqui, desaparecer e não voltar até ao dia em que encontrar a parte de mim que levaste.
Sinto vergonha, em estar aqui a desabafar, a largar este desafo que me foge por entre os dedos e a caneta, que fica marcado nessa imensidão branca desta página de papel que de nada servirá, a não ser para me torturar num futuro próximo, num futuro distante, sei lá, sei que que será num futuro qualquer isso é certo.
Sabes não é justo, não deveria de valer, eu ficar assim, por ti, que já nem sequer existes em mim, e eu tentei, mas é-me impossível, levaste a essência, a parte que me faz mover, levaste o meu coração, deveria processar-te, mas não posso, perderia essa questão, porque não o roubaste, ele quis ir de livre e espontânea vontade contigo, levaste o amor, e eu fiquei apenas com a razão, a outra parte que me faz mover, caso tivessem ido as duas partes contigo, eu estaria morto.
Não é justo percebes?
Hoje quero fazer a mala, ir, fugir, escapar de ti e não voltar!
FábioPinto
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