segunda-feira, 18 de abril de 2016

Não quero nada de quem não ficou!

Hoje trago em mim a saudade, cravada na pele. 

Perdi-me por entre a multidão à procura de ti, mas a única coisa que trouxe comigo para casa hoje foi ela, essa maldita saudade, que se cravou na minha pele, que se apoderou de mim, sem permissão.

Não tenho culpa sabes.

Foi ela que veio e, que te trouxe de volta a mim, mas não foi a única, com ela, veio o teu perfume que a brisa trouxe enquanto a janela do meu quarto estava entreaberta como de costume antes de me deitar.

Tentei lutar contra ela e expulsa-la de mim, do meu corpo, da minha pele, mas ela não sai, não quer ir, pressiste e insiste em ficar .

Raios me partam,  raios a partam, estou a dar em doido, está a pôr-me louco.

Ela não vai, não quer ir e não te leva.

Odeio-a, tal como odiei quando tu foste e me deixaste aqui, arrasado,  desfeito em cacos como um vaso que quebra quando cai ao chão, porém amo quando ela traz de volta os momentos bons, os dias bons, tudo aquilo de bom que vivemos que tivemos, assim como te amei a ti.

Raios te partam saudade, vai, vai-te embora, com a brisa que trouxe o perfume e me fez voltar ao passado na ânsia de ter desejado que fosses presente em mim uma última vez.

Vai-te embora, porque eu, eu não quero ficar com nada,  não quero nada de quem não ficou!  


FábioPinto



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