Magoa saber que um dia estás e no outro deixas de estar, evaporas como água quando aquecemos e que deixamos de ver em fracções de segundos.
Odeio sentir-me assim, sozinho, sem ti, perdido, sem direção.
Não quero saber o que os outros dizem, pensam ou
possam achar, queria era saber de ti, nada mais, porque os outros são apenas os outros.
Desculpa-me se aos teus olhos era perfeito, mas afinal a perfeição não existe e, eu estou longe de ser o que os teus olhos viram, porque sou humano e, também erro como todos os outros, afinal sou feito de carne e osso e, não de ferro, também sinto, caio e me magoou, também choro e sofro, não sorrio apenas e, nem sempre estou bem.
Não imaginas a revolta que aqui vai, a discussão entre o coração e a cabeça, entre o amor e a razão.
Desculpa se te fiz crer e, eu mesmo quis crer que era o príncipe encantado, quando sabia que no fundo os príncipes encantados existem apenas nos contos de fadas e, nós, nós não somos um conto de fadas, somos reais, vivemos realidades e não ilusões, desculpa-me se te desiludi sem desiludir.
Tenho de te pedir desculpa sim, a ti e a mim, por ter despertado o sentimento e, te querer apenas a ti, o teu beijo, o teu abraço, o teu toque e, não querer outra pessoa como tu julgaste.
Desculpa-me por hoje, ontem e talvez por amanhã, pois não queria o fim, apenas queria-te aqui a meu lado e nada mais.
Desculpa.
FábioPinto
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